Friday, February 5, 2010

Educação


Estudantes afirmam que estiveram 30 mil na rua em todo o país

04.02.2010 - 17:05 Por Lusa

Os estudantes do ensino básico e do secundário afirmam que cerca de 30 mil alunos participaram hoje nas manifestações realizadas em todo o país e adiantam que está a correr um abaixo-assinado para recolher 50 mil assinaturas.
Começa assim a noticia publicada hoje no jornal público!


Estou a ficar sem paciência para ler este tipo de noticias.
Hoje em dia (não sei como era antigamente) o povo português quer o que os latinos querem, não fazer nada. Isto é mais uma prova.
Não queremos exames nacionais, não queremos este sistema de faltas (se não houvesse faltas, era melhor), com isto também se deve pedir para a idade mínima obrigatória para se puder fumar e beber baixe para os 16 anos!
Fiquei especialmente enervado com o final da noticia:
"Ana Costa, 15 anos, aluna do 10ºano da Secundária de Camões, aderiu ao protesto em Lisboa." Vim reivindicar os meus direitos". Quais? "É difícil explicar. Só sei que o Governo está a fazer tudo mal"."

"Reivindicar os meus direitos!" Que direitos é que te faltam? Infelizmente nem a Ana Costa sabe ao que tem direito, quanto mais reclamá-los!!!

"O Governo faz tudo mal", além de só estar ali para reclamar com a Educação nem sabe o que reclama, ainda critica o governo!
Deixava uma pergunta a Ana: O que é que o governo está a fazer de mal na tua opinião? Acho que a resposta seria triste...

"É dificil explicar." Acredito que seja quando não se sabe ao que se reivindica. Eu digo-te vocês reivindicam a educação sexual, fim dos exames nacionais e alteração do regime de faltas! Numa frase consegues dizer!!!

Fim dos exames é interessante, pois os exames é a única maneira, no estado em que está hoje a mentalidade dos portugueses, de avaliar.
Qual seria a maneira que tinham de por no mesmo pé de igualdade o ensino publico e o ensino privado?
O acesso ao ensino superior cada vez está mais concorrido, seria com entrevistas da parte das faculdades que seria feita a selecção? Como seriam as entrevistas? Estariam em iguais posições os alunos do privado e do público?
Talvez pela Ana e pelos restantes seria óptimo não haver faltas, acabariam os insultos verbais e físicos aos professores (parte boa da coisa), não tinham responsabilidade nenhuma (da pouca que já têm), já agora acabem com os chumbos, assim passa tudo e nem os professores nem a ministra tem problemas...
A Ministra já não precisa de facilitar AINDA mais os exames (que estão num nível medíocre) e os professores já não são obrigados a ser avaliados pelos, cada vez mais, irresponsáveis alunos.

Eu acredito que para sermos pessoas respeitadas temos de ter objectivos fortes, nos quais acreditamos e principalmente RESPONSABILIDADE para os levar-mos a frente. O que os alunos pedem é menos responsabilidade, por outras palavras, querem ainda mais irresponsabilidade!
Vemos mães a bater a professoras, alunos a bater em professores e ainda achamos que foi bem feito...
Haja paciência para este povo no céu porque na terra já não tem salvação...

Ana Costa um muito obrigado foi a tua entrevista que me fez escrever sobre a vossa responsabilidade...




1 comment:

Leninha said...

Tomás, vamos ser precisos. O que os estudantes em questão reivindicavam, segundo o público, era "a aplicação imediata da educação sexual nas escolas, o fim dos exames nacionais, a melhoria das condições dos estabelecimentos de ensino e a gratuitidade dos manuais escolares". Embora seja manifesta e veementemente contra o fim dos exames nacionais e tenha sérias reservas quanto á educação sexual, a gratuidade dos manuais escolares parece-me do mais elementar bom senso. Quanto à melhoria das condições dos estabelecimentos de ensino qualquer pessoa que tenha passado mais de 15min numa escola pública concordará que é uma prioridade. Não me parece que seja de todo irresponsável exigir melhores escolas. Tendo em conta o papel fundamental que elas desempenham na vida e formação de todos nós diria até que devia ser uma prioridade há muito assumido pelos responsáveis políticos. Embora o regime de faltas não venha mencionado também julgo que seria de facto um dos motivos de protesto, e bem. O regime que vigorava na altura implicava que um aluno que faltasse 3 vezes o nro de aulas que tinha por semana, independentemente do motivo, fosse submetido a uma avaliação adicional. Isto constituía um desperdício de recursos dado que os alunos já tinham dado provas das suas aptidões pelos métodos de avaliação normais. Não falando já do caos, desordem e arbitrariedade que vigorou nas escolas durante a tentativa falhada da aplicação deste sistema.
Julgo que o que levou a maioria de nós a manifestar-se naquele dia foi a perversão do sistema de ensino que o ministério alegremente impôs. Durante os anos de mandato da antiga ministra a Escola virou cenário de guerra, em que as regras mudavam diariamente, não havia autoridade credível e o ensino se degradava a olhos vistos.`
É um erro desvalorizar os motivos deste protesto com base numa aluna mal informada ou em eventuais exageros e incidentes menos felizes que possam ter acontecido.
O ensino é a base do desenvolvimento de qualquer país e irresponsabilidade seria sim não o levarmos a sério.

p.s.- este blog é uma verdadeira preciosidade